sexta-feira, 31 de julho de 2009

1 - A madeira é utilizada em quais etapas da obra ?
2 - Em quais etapas ocorre o maior desperdício desse material ? O desperdício corresponde a quanto em relação à madeira adquirida ?
3 - Quais fatores desencadeiam o desperdício da madeira na construção civil ?
4 - Ocorre maior desperdício na madeira utilizada
na caixaria, ou naquelas utilizadas para apoiar as estruturas ? Nesses casos quais são as alternativas para reduzir o descarte de madeira ?
5 - Quanto a madeira representa no custo final da obra ?
6 - Quais são os tipos de madeira mais utilizadas e quanto elas custam ?


Primeiramente, em relação ao desperdício de madeira na construção civil, deve se considerar duas situações: O mau uso da madeira decorrente de sistemas construtivos obsoletos e ineficientes, e o desperdício de fato do material madeira quando é usado maior parcela do que o necessário para execução de determinada tarefa.
Nesse sentido, então, o primeiro fator e mais significativo que desencadeia o desperdício da madeira é a adoção de um método construtivo que não vise a economia e a racionalização dos materiais empregados na construção, que é o caso da construção com alvenaria comum, a exemplo de Tijolos maciços e Blocos baianos. Nesse caso, o consumo de madeira será grande e relativamente desnecessário se comparado a um método como a Alvenaria cerâmica estrutural, que utiliza quantidade mínima de madeiras em sua execução.
Existem alternativas ao uso da madeira em caixarias e escoras. É o caso do uso de ferros no lugar de pontaletes de eucalipto e fôrmas reutilizáveis de aço. Também, pode ser utilizado o aglomerado de madeira revestido por camada impermeabilizada, comumente chamado de maderit. Esse material permite o uso mais de uma vez, porém se deteriora como qualquer outro.
Em relação ao desperdício percentual do total comprado de madeira, podemos estimar que esse número atinge a casa de 70 à 90 %, visto que as madeiras empregadas em obra geralmente são inutilizadas após o uso, salvo madeiras usadas em andaimes e outras aplicações menores. Podemos dizer que toda etapa que usa madeira desperdiça esse recurso, visto que a madeira é sempre jogada fora após o uso.


Abaixo, os comentários escritos pelo Rafael.



















1 - A madeira é utilizada em quais etapas da obra ?

No sistema convencional utiliza-se madeiras em 70 % durante sua execução.

2 - Em quais etapas ocorre o maior desperdício desse material ? O desperdício corresponde a quanto em relação à madeira adquirida ?

O maior desperdício de madeira ocorre na execução de caixarias de baldrames, caixarias de vigas e pilares e sustentação de lajes.O desperdício é praticamente de 100 % visto que esta madeiras normalmente são jogadas fora.



3 - Quais fatores desencadeiam o desperdício da madeira na construção civil ?

A falta de conhecimento e um pouco de desleixo por parte dos executores da obra, além da incapacidade de utilizar novamente a madeira

4 - Ocorre maior desperdício na madeira utilizada
na caixaria, ou naquelas utilizadas para apoiar as estruturas ? Nesses casos quais são as alternativas para reduzir o descarte de madeira ?

O maior desperdicio ocorre nas caixarias :
1. De baldrames, que podem ser evitadas executando-se as valas de baldrame com mais cuidado e concretando diretamente nas valas.







1. De Vigas , que podem ser executadas utilizando-se canaletas que já se prestam para conter o concreto.




1. de colunas que podem ser "grauteadas" diretamente nos blocos estruturais, evitando-se o uso de taboas e sarrafos para se "gravatear" a coluna
2. de pontaletes que sustentam a laje para execução de concreto das mesmas, que podem se substituidas por peças de aço e ainda a utilização de lajes protendidas que exigem menor sustentação das lajes pois as vigotas já vem concretadas do fornecedor.

5 - Quanto a madeira representa no custo final da obra ?

Em uma casa de 200 m² que pode custar por volta de R$ 170.000,00 o percentual de madeira descaratavel custa até 3 % do valor total da obra.

6 - Quais são os tipos de madeira mais utilizadas e quanto elas custam ?


Na verdade, se usa todos os tipos de madeira disponíveis no mercado, ou seja, aquilo que estiver mais fácil de se extrair de forma devida ou "indevida "

A saber:

Madeira CEDRO ARANA, utilizada para caixarias e Andaimes:
Taboas de 20 cm de largura: R$ 3,90 por metro linear
Taboas de 30 cm de largura: R$ 6,00 por metro linear
Sarrafos de 5 cm de largura: R$ 1,20 por metro linear

Madeira Pinus, Utilizado para caixarias, não serve para andaimes pois não resiste a peso
Taboas de 20 cm de largura: R$ 2,70 por metro linear
Taboas de 30 cm de largura: R$ 4,30 por metro linear
Sarrafos de 5 cm de largura: R$ 0,80 por metro linear
Sheila, adorei o texto, vai sair esse domingo??? vou tecer somente alguns comentários ok? Um Bjão


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O desperdício da madeira começa na mata e termina no canteiro de obra, sobretudo, residencial. Na natureza, o desperdício inicial é de 60%, pois de acordo com estudos do Greenpeace da Amazônia divulgados na internet, de cada 10 árvores derrubadas na Amazônia, só quatro chegam ao mercado. Na construção civil, pode-se dizer que algo entre 70, 90 e até 100% do material empregado na execução de caixarias de baldrames, caixarias de vigas e pilares e sustentação de lajes é normalmente jogado fora, sem o menor reaproveitamento, informa Rafael Niglio Jr., diretor da Niglio Sistemas Construtivos. Para se ter uma noção do prejuízo no bolso do construtor, para uma casa de 200 m², avaliada em torno de R$ 170 mil, o percentual de madeira descartável chega a 3% do valor total da obra, cerca de R$ 5.100,00 jogados fora.
Semanalmente 3,5 toneladas de madeira descartada, oriunda de obras executadas na cidade, chegam à Cerâmica São José Campinas Ltda., onde funciona uma central de recebimento de entulho sólido de construção. Das cerca de 300 caçambas que toda semana são despejadas no local, 50 metros cúbicos do material, o suficiente para encher três caminhões, são separados e utilizados como combustível para os fornos da cerâmica. O sócio-gerente da central de recebimento, Rogério Patiri informou que a cidade produz diariamente 500 caçambas de entulho, mas não há dados sobre o volume de madeira descartada no município.
Se na floresta o desperdício é resultado da extração ilegal que conta com técnicas ultrapassadas, falta de planejamento e armazenamento precário, que deixa o produto, exposto às intempéries e conseqüente apodrecimento das toras, na construção outros fatores levam o consumidor ao mau uso da madeira. Se há um vilão para o prejuízo econômico-ambiental em relação ao descarte da madeira na construção civil, este fomentador são os sistemas construtivos obsoletos e ineficientes. "Outra prática que pode até estar dissociada desses métodos é a utilização de uma porção maior de madeira, do que a necessária para a execução de determinada tarefa", explica Niglio. Sheila, realmente, além de os sistemas construtivos comuns utilizarem muito mais madeira que o sistema estrutural, ainda existe o desperdício quando o funcionário corta, por exemplo, uma táboa de 2 metros para usar somente 80cm. Esse desperdício também é evitado no sistema estrutural, visto que há pouca oportunidade de desperdício por parte do funcionário por haver pouco uso de madeira.
Acostumado a executar obras de diversos portes em Campinas e região, o diretor da Niglio Sistemas Construtivos conta que, na prática, o que realmente desencadeia o desperdício da madeira nos canteiros de obra é a adoção de métodos construtivos que não visam a economia e a racionalização dos materiais empregados na construção. Este tipo de "despreocupação" é comum em construções de alvenaria comum, onde se emprega o uso de tijolos maciços e blocos baianos. Na execução do sistema convencional a madeira é utilizada em 70% das etapas da obra. "Nesse caso, o consumo de madeira será grande e relativamente desnecessário se comparado a um método como a alvenaria cerâmica estrutural, que utiliza uma quantidade mínima de madeiras em sua execução", analisa o construtor.

Alternativas
A falta de conhecimento, aliada ao desleixo por parte dos executores da obra, e a incapacidade de reutilização do material mantém a "cultura" do desperdício. É possível reduzir o uso da madeira na obra. Segundo Niglio, existem alternativas quanto ao uso deste material em caixarias e escoras. Ao invés de pontaletes de eucalipto, o ferro pode ser utilizado nas escoras; outra dica são as fôrmas reutilizáveis de aço para a execução das caixarias. Uma nova saída na execução da caixaria é o uso do aglomerado de madeira - popularmente conhecido como madeirite. Por ser revestido com uma camada impermeabilizada, esse material permite o uso mais de uma vez, mas com a ação do tempo, se deteriora como qualquer outro. Sheila, queria esclarecer que existe mais de um tipo de MADEIRIT (COMPENSADO DE MADEIRA), ou seja, existe o comum (aquele rosa) e existe o "compensado resinado plastificado", que é um maderit com a superfície como que "impermeabilizada". Esse tipo de compensado pode ser desformado, após a concretagem de um pilar ou viga, e montado novamente em outro pilar ou viga. Esse procedimento pode ser repetido até 10 vezes.
Indubitavelmente, o maior desperdício ocorre nas caixarias empregadas na execução de várias estruturas da obra. Nos baldrames, as caixarias poderiam ser evitadas executando-se as valas de baldrame com mais cuidado e "concretando" diretamente nas valas. As vigas podem ser erguidas diretamente com a utilização de blocos canaleta no lugar da caixaria de contenção de concreto. Na execução das colunas, para se evitar o uso de sarrafos e tábuas, uma alternativa é a técnica de grautear (concretar) diretamente os blocos estruturais, sem o uso de madeira para travar as laterais da coluna neste caso não se usa nenhuma madeira na execução do pilar, somente os blocos que fazem o papel da madeira. As lajes protendidas são mais leves e já vem concretadas de fábrica, dispensando o uso de pontaletes para sustentação As lajes protendidas são projetadas de forma a não usar nenhum pontelete até determinado vão livre. Isso diminui consideravelmente o uso de pontaletes na concretagem de uma laje residencial , que podem ser substituídos por peças de aço.


----- Original Message -----
From: Sheila
To: | Felipe Niglio |
Sent: Thursday, March 02, 2006 2:24 PM
Subject: Re: Madeiras

Oi Felipe ! Por favor, dá uma olhadinha no texto e veja se na parte das colunas, grautear e etc..tá tudo certo.
Beijo
Sheila

SheilaVieira
Da Agência Anhangüera
sheila@rac.com.br
O desperdício da madeira começa na mata e termina no canteiro de obra, sobretudo, residencial. Na natureza, o desperdício inicial é de 60%, pois de acordo com estudos do Greenpeace da Amazônia divulgados na internet, de cada 10 árvores derrubadas na Amazônia, só quatro chegam ao mercado. Na construção civil, pode-se dizer que algo entre 70, 90 e até 100% do material empregado na execução de caixarias de baldrames, caixarias de vigas e pilares e sustentação de lajes é normalmente jogado fora, sem o menor reaproveitamento, informa Rafael Niglio Jr., diretor da Niglio Sistemas Construtivos. Para se ter uma noção do prejuízo no bolso do construtor, para uma casa de 200 m², avaliada em torno de R$ 170 mil, o percentual de madeira descartável chega a 3% do valor total da obra, cerca de R$ 5.100,00 jogados fora.
Semanalmente 3,5 toneladas de madeira descartada, oriunda de obras executadas na cidade, chegam à Cerâmica São José Campinas Ltda., onde funciona uma central de recebimento de entulho sólido de construção. Das cerca de 300 caçambas que toda semana são despejadas no local, 50 metros cúbicos do material, o suficiente para encher três caminhões, são separados e utilizados como combustível para os fornos da cerâmica. O sócio-gerente da central de recebimento, Rogério Patiri informou que a cidade produz diariamente 500 caçambas de entulho, mas não há dados sobre o volume de madeira descartada no município.
Se na floresta o desperdício é resultado da extração ilegal que conta com técnicas ultrapassadas, falta de planejamento e armazenamento precário, que deixa o produto, exposto às intempéries e conseqüente apodrecimento das toras, na construção outros fatores levam o consumidor ao mau uso da madeira. Se há um vilão para o prejuízo econômico-ambiental em relação ao descarte da madeira na construção civil, este fomentador são os sistemas construtivos obsoletos e ineficientes. "Outra prática que pode até estar dissociada desses métodos é a utilização de uma porção maior de madeira, do que a necessária para a execução de determinada tarefa", explica Niglio.
Acostumado a executar obras de diversos portes em Campinas e região, o diretor da Niglio Sistemas Construtivos conta que, na prática, o que realmente desencadeia o desperdício da madeira nos canteiros de obra é a adoção de métodos construtivos que não visam a economia e a racionalização dos materiais empregados na construção. Este tipo de "despreocupação" é comum em construções de alvenaria comum, onde se emprega o uso de tijolos maciços e blocos baianos. Na execução do sistema convencional a madeira é utilizada em 70% das etapas da obra. "Nesse caso, o consumo de madeira será grande e relativamente desnecessário se comparado a um método como a alvenaria cerâmica estrutural, que utiliza uma quantidade mínima de madeiras em sua execução", analisa o construtor.

Alternativas
A falta de conhecimento, aliada ao desleixo por parte dos executores da obra, e a incapacidade de reutilização do material mantém a "cultura" do desperdício. É possível reduzir o uso da madeira na obra. Segundo Niglio, existem alternativas quanto ao uso deste material em caixarias e escoras. Ao invés de pontaletes de eucalipto, o ferro pode ser utilizado nas escoras; outra dica são as fôrmas reutilizáveis de aço para a execução das caixarias. Uma nova saída na execução da caixaria é o uso do aglomerado de madeira - popularmente conhecido como madeirite. Por ser revestido com uma camada impermeabilizada, esse material permite o uso mais de uma vez, mas com a ação do tempo, se deteriora como qualquer outro.
Indubitavelmente, o maior desperdício ocorre nas caixarias empregadas na execução de várias estruturas da obra. Nos baldrames, as caixarias poderiam ser evitadas executando-se as valas de baldrame com mais cuidado e "concretando" diretamente nas valas. As vigas podem ser erguidas diretamente com a utilização de canaletas de contenção de concreto. Na execução das colunas, para se evitar o uso de sarrafos e tábuas, uma alternativa é a técnica de grautear (concretar) diretamente os blocos estruturais, sem o uso de madeira para travar as laterais da coluna. As lajes protendidas são mais leves e já vem concretadas de fábrica, dispensando o uso de pontaletes para sustentação, que podem ser substituídos por peças de aço.
Madeiras
Na natureza, principalmente na Floresta Amazônica, segundo dados apresentados no IX Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira (IX Ebramem), das 2,5 mil espécies existentes somente 30 são utilizadas pela madeireira.
Todos os tipos de madeira disponíveis no mercado podem ser utilizadas na construção civil. Niglio relaciona as mais comuns como sendo: Cedro Arana (caixarias e andaimes) com tábuas de 20 centímetros de largura a R$ 3,90 o metro linear; 30 centímetros de largura a R$ 6,00 por metro linear e sarrafos de cinco centímetros de largura a R$ 1,20 por metro linear. Já o Pinus também é utilizado para caixarias, porém não serve para andaimes por não ser resistente a peso. Seu preço no mercado varia de R$ 2,70 por metro linear para tábuas de 20 centímetros de largura; R$ 4,30 para tábuas de 30 centímetros e R$ 0,80 para sarrafos de cinco centímetros de largura.

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